O sucesso retumbante dos protestos de domingo no Brasil, superou todas as mais otimistas expectativas e foi pautado por uma única consigna. Desta vez, a única palavra de ordem foi “Fora Dilma”. É o impeachment que mobiliza os brasileiros, inconformados com as crises econômica, política e social.
E é tudo para já.
Nos atos de domingo ocorreram algumas diferenças importantes, porque pela primeira vez os políticos e os empresários, através dos seus Partidos e de entidades como Fiesp e Fiesc, não apenas apoiaram tudo, como além disto colaboraram com as organizações das manifestações e estiveram nelas pessoalmente. Isto não tinha acontecido até agora.
O que vai acontecer a partir deste momento, é a imediata elaboração do recado rouco das ruas, por parte das lideranças políticas, porque cabe a elas dar solução ao nó institucional que coloca em xeque o mandato de Dilma Roussef.
Dentro dos quadros da ordem legal estabelecida, soluções velozes só podem ser alcançadas pela renúncia ou pelo impeachment. É certo que ainda que a presidente rumine no seu íntimo a idéia da renúncia, será inevitável que o processo de julgamento político retome seu curso de imediato, tudo através da resposta do STF ao rito parlamentar e instalação subsequente da Comissão Especial pela Câmara. Caso isto não aconteça, mesmo que por meio de indicativos de concertação formal, o povo será chamado novamente às ruas e os acontecimentos voltarão ao ritmo das jornadas de junho do ano passado, até que se dê o que tem que se dar, ou seja, a mudança de governo.
É isto que o povo quer, porque todos desejam a imediata contenção das crises econômica, política e social.
A formação de um governo de união democrática nacional, como a que governou com Itamar Franco, permitirá botar um grilhão na crise política, devolvendo a governabilidade ao governo; estancar a crise econômica, voltando ao mercado os fundamentos do plano real; e conter a crise social, devolvendo à sociedade brasileira o pleno império da lei e da ordem, mesmo em relação aos corruptos e desordeiros que ocupam ou ocuparam os mais altos cargos do País.
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