Em um período tão crítico de pandemia e catástrofes ambientais, a tendência de viagens se direciona para um turismo regenerativo. O conceito prevê boas práticas de sustentabilidade no segmento, com amplo envolvimento ambiental, social e de gestão, que vão desde as ações do empresário até as do viajante. No mesmo guarda-chuva do turismo sustentável, que prevê economia energética, reciclagem e reuso de água, o regenerativo se propõe a ir mais longe, trabalhando ativamente para melhorias ambientais, sociais e econômicas do destino, sendo um agente de transformação positivo na comunidade.
Hospedaria das Brisas e o turismo regenerativo
Há quase 30 anos instalados em meio à natureza da Praia do Rosa, em Imbituba/SC, a Hospedaria das Brisas e o Refúgio do Pescador, restaurante localizado dentro da pousada, levam há anos o conceito regenerativo muito a sério e inspiram a comunidade com suas boas práticas.
Fernanda Kalil, proprietária da Hospedaria das Brisas e do Refúgio do Pescador, adotou também como compromisso na administração do negócio a forma de pensar e agir ESG, environmental, social and governance. Um conceito internacional usado para medir práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas. Segundo ela, o processo regenerativo e o ESG começaram de dentro para fora. “Primeiro olhamos para os nossos, colaboradores e comunidade, com ações de convívio e sociais, treinamentos e auxílios para estudo e bem-estar”, explicou. Por trás do atendimento acolhedor e atencioso dos estabelecimentos há uma cultura organizacional prazerosa entre a equipe, inclusão de gênero, raça e idade, e de mulheres em posição de liderança. “Após o sucesso desse processo, todos miram no mesmo propósito: viver em harmonia e em equilíbrio com o meio-ambiente, preservando-o e regenerando-o, buscando, assim, o bem-estar da comunidade, colaboradores e do hóspede”, comenta a empresária.
As boas práticas da hospedaria contemplam ações contra emissão de carbono e aquecimento global, eficiência energética, gestão de resíduos e relação humanizada com a comunidade. Dentre a iniciativa, a pousada mantém 5 hectares totalmente preservados na Praia do Rosa, onde cultiva uma horta orgânica para o preparo do café da manhã e pratos do Refúgio do Pescador. Impulsionando, assim, também, o consumo da “comida de verdade”, termo para alimentos frescos e saudáveis
sem uso de agrotóxicos e conservantes. Ainda na linha da sustentabilidade, a água da piscina é totalmente reutilizada e há coleta da água da chuva para molhar o jardim.
Em tempos de discussões acaloradas sobre mudanças climáticas e preservação do meio ambiente, a utilização de fontes de energia limpa e renovável é essencial. Ambos estabelecimentos possuem painéis fotovoltaicos de geração de energia que contemplam toda a demanda energética de forma renovável, também são usadas lâmpadas de Led e chave economizadora de energia nos apartamentos.
Na luta da gestão de resíduos, o processo funciona com a separação correta de lixo, compostagem dos detritos orgânicos, embalagens das Amenities recicláveis, shampoos e sabonetes biodegradáveis e fossa com sistema biodigestor. Além disso, com o óleo de cozinha é produzido sabão para uso na limpeza da pousada.
Na relação humana, os estabelecimentos prezam pela transparência e respeito às leis trabalhistas, investimento em Educação e incentivos. Entre eles, subsídios para cursos universitários aos funcionários, ambiente de trabalho amigável e promoção de convívio prazeroso entre a equipe, com confraternizações semanais, inclusão de gênero, raça e idade. Também são realizadas ações semestrais no asilo de Imbituba, arrecadação e doação de agasalhos e cobertores para a comunidade carente.
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