Foram pagos mais de R$ 4 mil em pontos existentes em Porto Alegre, Alvorada, Xangri-lá e Santo Antônio da Patrulha
Mais de sete mil quilos de produtos recicláveis deixaram de ser jogados no meio ambiente e renderam dinheiro para os consumidores. Isso porque a Ciclo, startup voltada para a compra de lixo reciclável gerado por qualquer pessoa, contabiliza a entrega de 7.120,01 quilos de produtos (papelão, papel misto, plástico duro, pet e vidros) em suas unidades no Rio Grande do Sul.
Com sede em Cachoeirinha e integrante do Grupo Recicla, o Ciclo tem hoje sete funcionários e começou suas atividades em novembro de 2020 com a instalação de unidades no supermercado Max Center, em Alvorada, Supermercado Avenida, em Xangri-lá, e supermercado Big na Av. Sertório em Porto Alegre, além do Supermercados Gomes, em Santo Antônio da Patrulha. Os espaços coletam resíduos como papel, papelão, embalagem longa vida, plástico duro, plástico filme, plástico de bebidas e suas tampas, além de alumínio.
Através da instalação de unidades em áreas de grande circulação, como supermercados, o Ciclo compra resíduos recicláveis utilizando um aplicativo de conta digital para celulares que permite a transferência para a conta do banco de preferência. O consumidor pode também doar o valor correspondente para uma instituição beneficente cadastrada. Há também a possibilidade de receber um cartão de bandeira Visa e que pode ser utilizado em qualquer estabelecimento comercial na função crédito à vista. Já tendo reciclado mais de 100 toneladas com os containers existentes, a operação gerou um tíquete médio de R$ 30, com aproximadamente seis quilos/pessoa/mês.
Conforme Jonas Bernardes, sócio-diretor do Ciclo, um em cada 12 brasileiros não possui coleta regular de lixo na porta de casa. Os números indicam que a capital gaúcha produz 1,6 mil toneladas/dia, dos quais 30% poderiam ser reciclados, mas apenas 1% passa por esse processo. No Brasil, esse percentual de reciclagem é de 4%, enquanto poderia chegar a 85% do resíduo produzido nas cidades.
O sócio do Ciclo destaca que não há competição com a operação dos catadores, pelo contrário. Segundo Bernardes, os próprios coletores podem vender os resíduos nos containers e receber por isso como qualquer cidadão. Além disso, a startup estimula a geração de emprego, pois cada local emprega dois funcionários. “Nosso ponto de equilíbrio para a operação é o recolhimento de pelo menos oito mil quilos/mês, o que equivale a 30 a 40 pessoas abastecendo o container por dia”, diz.
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