Fila para cirurgias cardíacas na região
A fila que supera os 300 pacientes no aguardo de procedimentos cardíacos intervencionistas cateterismos, marcapasso, entre outros) na Região Metropolitana a espera de equipamentos para as cirurgias tem preocupado os secretários de Saúde da região. Durante reunião do Fórum de Saúde da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), realizada nesta terça-feira, 3, a coordenadora do encontro, Ana Boll, alertou que há pacientes nos hospitais da região, que já estão aguardando 90 dias em leitos hospitalares para realizar o procedimento.
“Este cenário é resultado da portaria do governo Federal que restringiu o financiamento público para este tipo de procedimento”, diz Ana Boll. A Portaria GM/MS 3.693/2021 altera atributos de procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS e estabelece a dedução de recurso do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde – Grupo de Atenção Especializada, incorporado ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade – MAC dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Números da prefeitura de Porto Alegre, apresentados no encontro, revelam que portaria está financiando aproximadamente R$17 mil em um cardioversor, quando ele custa no mercado R$ 40 mil.
Outro ponto da pauta do encontro foi o Programa Assistir RS – Programa de Incentivos Hospitalares que foi lançado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul em 02 de agosto de 2021. Conforme a coordenadora do Fórum, essa pauta tem sido motivo de preocupação há mais de um ano, e o pedido é que o executivo estadual não suspenda os repasses.
O fórum também discutiu a chegada do inverno e o aumento de casos de doenças respiratórias, que demandará a ampliação de leitos e equipes. Ana destacou que é necessário uma linha de financiamento para a abertura de leitos para atendimento da população, pois os prestadores não conseguem sustentar esses custos sozinhos.
Objetivos e metas principais sobre a mobilidade
A integração metropolitana e a radiografia do transporte público voltaram a ser debatidos em reunião do Fórum da Mobilidade da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), realizada nesta terça-feira, 9, reunindo secretários das cidades que compõem a região. Conforme a coordenadora Roberta Gomes de Oliveira, o encontro serviu para reforçar situações abertas do ano passado e definir metas.
Segundo ela, a integração metropolitana passa a ser o foco principal a ser discutido, e com isso, estabelecer metas e montar um grupo de trabalho para tratar do assunto. Durante sua posse, o presidente da Granpal, Leonardo Pascoal enfatizou a importância da integração do transporte metropolitano. De acordo com estimativas, somente a Região Metropolitana e Porto Alegre conta com 40% da densidade populacional do estado, 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 600 mil passageiros de ônibus transportados diariamente. A Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre) entende o problema como crônico e busca soluções permanentes de curto, médio e longo prazo, pois o valor gasto com transporte coletivo chega anualmente aos R$ 100 milhões.
A entidade assinou, recentemente, um termo de colaboração técnica para que o estado e os municípios metropolitanos estudem em conjunto uma nova modelagem do sistema de transporte público. Entre as soluções possíveis, está uma bilhetagem única, assim como maior mobilidade e conforto para os passageiros durante viagens longas e tarifa com valor menor do que o atual.
Como primeira medida, as cidades da região metropolitana pretendem contratar um serviço de estudos de caso para encaminhar ao governo do estado. Além disso, através de um conselho de desenvolvimento de cidades feito pelo estado em parceria com as cidades da região metropolitana, serão realizadas pesquisas para que existam melhores condições no transporte público para a população.
Furto e roubo de fios
A maior preocupação do setor de segurança das cidades que compõem a Região Metropolitana é o furto e roubo de fios, o que afeta o cotidiano da sociedade. O alerta foi dado pelo secretário Municipal de Segurança de Porto Alegre, Alexandre Aragon, durante a reunião do Fórum de Segurança da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), realizada nesta quinta-feira, 11.
Para ele, este tipo de crime está presente em todas as 27 unidades federativas do Brasil, sendo que grande parte dos fios roubados é destinada para outros estados. Nesse sentido, está em andamento um alinhamento entre os municípios em termos de legislação, com o objetivo de estabelecer medidas mais efetivas de fiscalização nos ferros-velhos. “A pauta da segurança nas escolas já está bem encaminhada a partir do botão de pânico, com a padronização de procedimentos e equipamentos, facilitando a aquisição de recursos pelos gestores públicos e agilizando o atendimento à população.
Para o presidente da Granpal, Leonardo Pascoal, um dos objetivos do Fórum da entidade é centralizar informações que permitam a adoção de medidas coercitivas contra este tipo de furto. “Além do prejuízo social, o roubo acaba por fazer com que as prefeituras redirecionem esforços e investimentos de outras áreas para solucionar os transtornos provocados por esta prática feita por delinquentes”, diz o dirigente.
Conduzida pelo assessor especial da Granpal, Jader Rodrigues da Silva, o encontro discutiu o aprimoramento do cercamento eletrônico e a discussão sobre o uso do reconhecimento facial na entrada das escolas, com o objetivo de evitar a entrada de pessoas estranhas. Além disso, o Secretário Municipal de Segurança de Porto Alegre, Alexandre Aragon, mencionou a padronização de equipamentos e até mesmo a doação de recursos para os municípios que enfrentam dificuldades financeiras. As próximas reuniões do fórum prometem avançar ainda mais na busca por soluções efetivas para pautas dos municípios da região.