A formação de uma comissão com representantes de prefeituras da Região Metropolitana e de hospitais públicos e privados para formatar um cenário da saúde nestas cidades foi a principal decisão adotada pela Reunião de Secretários de Saúde e Diretores Hospitalares da Região Metropolitana promovida pela Associação Dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) realizado nesta quinta-feira, 3, na FAMURS.
“Representamos a 40% da população e precisamos de atenção e um encaminhamento para a crise na saúde. O cenário será apresentado ao Ministro Alexandre Padilha na próxima semana e ao governador Eduardo Leite com as nossas reinvindicações”, afirma Marcelo Maranata, presidente do Consórcio Granpal e prefeito de Guaíba.
Além disso, o presidente complementa que os municípios da região metropolitana estão gastando mais de 22% de investimento em saúde, quando o Estado investe menos de 10%, sendo que o limite dele é 12%, logo já se entende que existe um equilíbrio que precisa ser feito.
Sebastião Melo, prefeito da capital gaúcha, afirma que é preciso ter um trabalho sistêmico quando se trata da questão saúde da região, e que não possuem dinheiro e capacidade instalada para acolher a quantidade de pessoas que chegam.
“Atendemos dezenas de municípios que não são referência de Porto Alegre e esta conta fica exclusivamente para os postos da capital, então estamos defendendo uma câmara de compensação”, finaliza.
Para buscar soluções urgentes, a GRANPAL discute as propostas:
Tabela SUS RS: destinar recursos estaduais não aplicados para
complementar a tabela SUS, garantindo maior sustentabilidade
financeira aos hospitais.
Distribuição per capita: repasse proporcional de recursos estaduais
conforme a população dos municípios.
Câmara de compensação: mecanismo de ressarcimento para cidades
que atendem pacientes de outras localidades.
Incentivo a hospitais municipais: apoio financeiro estadual baseado na
dependência do SUS e na vulnerabilidade social.
Além disso, os municípios reivindicam a recomposição do teto MAC para
cobrir integralmente os custos operacionais.
Crédito: UffiziCom