De acordo com o SIVERGS, roupas poderão ficar mais caras
O Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul (SIVERGS) acompanha com apreensão a guerra na Ucrânia. Os reflexos do conflito na economia mundial, entre eles o aumento do petróleo e a suspensão da exportação pela Rússia de fertilizantes, poderá provocar uma alta nos preços das roupas, dos calçados e de outros produtos têxteis.
“Com a pandemia, o nosso setor já havia absorvido um aumento de 40% na matéria-prima. Agora, os efeitos da escalada das tensões econômicas respingam na nossa indústria com uma nova elevação dos preços das matérias-primas, aumento dos custos de produção e, consequentemente, o enfraquecimento do consumo”, afirma Silvio Colombo, presidente do SIVERGS. O primeiro reflexo à economia brasileira foi a alta do petróleo, que elevou o preço da gasolina, diesel e gás. Além do valor do frete por conta do aumento dos combustíveis, a alta do petróleo deve afetar ainda os preços do poliéster e de outras fibras derivadas. “À medida que o valor desses materiais sintéticos aumentam e conforme o setor precisa buscar alternativas, como as fibras naturais, a tendência é que todos os preços do mercado subam”, diz Colombo (foto em destaque).
A suspensão das exportações de fertilizantes e insumos pela Rússia, que atende cerca de 20% da demanda do Brasil, também acende uma luz de alerta no setor. A medida coloca em risco a produção de algodão no País, provocando um possível desabastecimento da cadeia. Outra questão, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) é o impacto inflacionário que poderá elevar as taxas de juros, afetando os negócios para o setor. Para o presidente do SIVERGS, o setor possui poucas saídas e esses cenários aumentam as chances dos custos serem repassados, pelo menos em parte, para os consumidores.
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