A crise na educação pública estadual é crescente e vem de longa data, graças ao descaso do poder público que não prioriza o ensino como o marco de soluções para o futuro. Todavia, nas últimas décadas é comum o discurso acerca da qualidade em todos os setores econômicos. Na educação, não é diferente.
A mudança de parecer é um processo que deve emergir do Governo para o MEC e deste para as escolas. A luz de doutrinas renomadas, parto do princípio de que educar é ensinar a pensar e apontar caminhos aos educandos, e não apenas ensinar conteúdos clássicos, distanciando a teoria da realidade. Ainda, deve-se considerar que as escolas refletem os desejos e as necessidades da sociedade consumista.
Por isso, as ofertas de cursos, em todos os níveis, exceto na educação continuada (ensino básico e médio), são norteadas pela demanda de profissionais que o mercado de trabalho quer. A escola é um agente transformador da sociedade.
O termo qualidade total tornou-se axioma e se expandiu também para a fala de educadores e de seus educandos. Os programas da qualidade são adaptados à realidade da cada atividade, a finalidade é apurar os resultados que convergem para a satisfação dos usuários em relação aos serviços recebidos. Esses programas têm regras para estimular a qualidade no sistema e para tornar realidade à diretriz específica que é educar com qualidade.
A partir das novas necessidades do mercado, houve desdobramentos da certificação da qualidade que abrange, além de métodos operacionais, administrativos, impacto ambiental, segurança no trabalho e outras especificações. Na educação, a certificação da qualidade é feita pela norma brasileira NBR 15.419, com diretrizes para a NBR ISO 9001 voltadas para instituições educacionais.
Essa norma atende às instituições de ensino de quaisquer naturezas. Sobre o Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ – existem órgãos credenciados pelo Inmetro para certificar a qualidade, inclusive para a gestão escolar. Mas, isso ainda não despertou o interesse maciço na educação privada, e está muito distante das escolas públicas.
Portanto, as ferramentas para impulsionar a melhoria da qualidade na educação existem. As exigências do mercado, em especial, para vagas com ensino superior preconizam, cada vez mais, padrões e competências.
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