A Celulose Riograndense está ampliando suas operações na Região Sul do Estado. A partir da expansão da capacidade de produção da nossa fábrica, em Guaíba, tornou-se necessário desenvolver uma logística de transporte de madeira e de celulose que desse conta dos grandes volumes de cargas com que passamos a operar. Foi então que decidimos explorar melhor o modal hidroviário, uma escolha que levou em conta vários fatores: o meio ambiente (menos poluição atmosférica advinda dos canos de descarga dos caminhões), maior agilidade no transporte, diminuição considerável dos transtornos nas estradas (deixarão de circular, pelas rodovias, cerca de 180 caminhões por dia) e diminuição dos custos de transporte.
Assim, efetuamos melhorias no Porto Público de Pelotas, adaptando-o para receber a nossa movimentação de madeira, bem como melhorias nas vias urbanas da cidade pelas quais passarão os caminhões carregados de madeira advinda da Região Sul do Estado com destino às nossas barcaças, atracadas no porto pelotense.
O transporte de toras de madeira pela hidrovia aumentará a movimentação do porto em aproximadamente 400%. De 400 mil toneladas/ano, a movimentação portuária passará para 1,6 milhão de toneladas/ano. E a hidrovia que movimentava 5 milhões de toneladas/ano, com o transporte de madeira e celulose passará a movimentar 7,5 milhões de toneladas/ano. Iniciamos a fase de testes de operação no Porto no início de outubro e as mesmas deverão prosseguir até novembro. O processo faz parte da fase de validação, capacitação e treinamento para plena segurança operacional do projeto do Terminal de Toras, no Porto Público de Pelotas.
Inicia-se, assim, uma nova modalidade de transportes para um Porto que estava praticamente desativado. Com a modernização que fizemos, o transporte de cargas no Lago Guaíba aumentará em 50%.
A logística prevista na nova operação tem foco no incremento da hidrovia gaúcha e revitalização da orla portuária, mudando positivamente o cenário local com a criação de 800 empregos diretos e 2 mil indiretos. A empresa deu prioridade às contratações de mão de obra da região e injetará, mensalmente, um valor estimado de R$ 4,5 milhões na economia local.
Como um dos maiores produtores mundiais de celulose, nossa empresa provavelmente terá oportunidades de crescimento na sua parcela de fornecimento ao mercado globalizado. Na razão em que o projeto de Guaíba seja um sucesso, na razão em que existe uma grande aceitação pelo RS da empresa e da sua atividade e, na razão em que estamos iniciando atividades nos municípios da Região Sul, faz todo sentido que esta Região seja considerada como uma alternativa prioritária.
Atuando no RS há mais de 40 anos, a CMPC Celulose Riograndense se considera uma empresa brasileira e gaúcha. Tem, aqui, o seu mais importante investimento e quer, de forma dinâmica, estar integrada à nossa sociedade por meio do desdobramento de uma cadeia econômica sustentável que maximize os ganhos sociais ao menor impacto ao meio ambiente. Essa integração se dá, também, por meio da valorização e da promoção da cultura gaúcha, como forma de mantê-la viva e presente para esta e para as futuras gerações.
Começamos com o projeto pioneiro Fábrica de Gaiteiros, resultado da muito bem sucedida parceria firmada, desde 2010, entre o Instituto Renato Borghetti e a Celulose Riograndense. O projeto tem, como objetivo, despertar o interesse de crianças e jovens pela gaita. Assim, alunos de escolas públicas aprendem a confeccionar o instrumento e a tocá-lo, acompanhados de perto por Renato Borghetti. As gaitas são confeccionadas em eucalipto, produzidos de forma sustentável, dispensando, assim, a busca de madeiras nativas para fabricação de instrumentos musicais, como o mogno ou o ébano. Desde que iniciou, o projeto já beneficiou 250 estudantes e está presente em sete municípios gaúchos. Nossa intenção é ampliar ainda mais o número de crianças e municípios atendidos pelo programa.
Reconhecemos e queremos multiplicar os valores das tradições e da cultura deste Povo Farroupilha.
Agora, ao passar a operar no Porto de Pelotas, podemos conhecer melhor a grandiosidade da literatura de João Simões Lopes Neto, filho ilustre daquela cidade, que tanto contribuiu para propagar o “jeito de ser gaúcho” para além das nossas fronteiras. Quem, neste Brasil, não conhece as lendas “A Boitatá”, “A Salamanca do Jarau” e “O Negrinho do Pastoreio”? Por isso, com o apoio da Lei Rouanet, estamos promovendo a mostra Simões Lopes Neto – Onde não chega o olhar prossegue o pensamento, sobre a vida e a obra do escritor, no Santander Cultural. Também assinamos convênio de cooperação com o Instituto Simões Lopes Neto, em Pelotas, para colaborar mensalmente com a manutenção da casa e na realização das suas atividades.
São todas iniciativas que traduzem o nosso apreço, admiração e repeito por esta terra e por esta gente. Esperamos continuar dando nossa colaboração para que o Rio Grande se desenvolva com mais qualidade e prosperidade para todos os gaúchos.
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