Até quando a sociedade gaúcha vai tolerar que os seus Poderes prossigam sem ação diante da total falta de gestão pública na área da segurança pública ? O que acontece no RS, com ênfase para Porto Alegre, é um verdadeiro massacre, sem que a polícia tome as ruas, contenha os assassinos e prenda os ladrões, permitindo que os cidadãos retomem o espaço público e tenham garantidos sua vida e seu patrimônio.
O Espírito Santo é aqui, mesmo sem motim.
Somente numa noite, dia 13, em quatro horas, foram assassinados sete gaúchos, apenas em Porto Alegre.
Porto Alegre virou cidade aberta.
O colunista passou os 12 primeiros dias de fevereiro em Florianópolis e nem sequer um cidadão tinha sido assassinado.
Florianópolis não é cidade aberta.
Em Santa Catarina, não existem pobres Poderes.
Erra quem admite as execuções como obra de bandidos que matam bandidos, porque a punição estatal diante dos ataques à vida e ao patrimônio dos seus cidadãos é indelegável -e ela nem admite pena de morte sem julgamento algum.
Quem tolera que avancem sobre as ruas e calçadas para tomar espaços dos cidadãos, nada poderá reclamar quando suas próprias casas e suas próprias vidas forem espancadas e suprimidas.
O mais espantoso é o silêncio obsequioso de entidades que no passado foram capazes de inverter a ordem anárquica das coisas, como são os casos da OAB, Ajuris, CNBB ou ARI.
Os cidadãos gaúchos não podem esperar mais proteção por parte dos seus pobres Poderes.
Nem sempre foi assim, mas no atual governo a desordem pública assumiu proporções dramáticas. A alegação da herança maldita para justificar o marasmo é verdadeira, mas é inaceitável.
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