As marcas da qualidade se incorporam ao cotidiano, à própria arquitetura da cidade, quando são obras físicas no cenário de por onde andamos. Incorporam-se à história, sendo marcas físicas ou não, como é o caso da marca “déficit zero” que é reconhecida como sendo a do nosso governo (2007/2010). A política de respeito ao dinheiro público que guiou a meta de “déficit zero” fez a diferença, e é cada vez mais frequente a menção em mídias dessa diferença, assim como são cada vez mais frequentes e entusiasmadas as mensagens que recebo onde quer que vá, pessoas que me param para fazer essa referência “ao melhor governo” ou “que saudades de seu governo”. O tempo recolhe as informações que permitem comparar e avaliar o que já se viveu, constrói o caminho da história, e ela ensina.
A conquista dessa meta não foram uma panaceia, e sim uma escolha política, a de buscar, respeitando o dinheiro público, fazer com que seu uso responsável e eficiente pelo governo resultasse em melhores indicadores econômicos e sociais, como foi o caso. Para isso o farol foi a Qualidade Total, método que aplicado a empresas e, provou-se, a governos, permite produzir bens e serviços públicos melhores e mais baratos, como dizia nosso Programa Estruturante “Fazendo Mais com Menos”, hoje outra marca já incorporada por outros governos e empresas. Mais: que sem o contrato com o PGQP, firmado já em fevereiro de 2007, afirmo que seria impossível conquistar nossa meta no tempo que conquistamos. Presidia então o PGQP-Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade, Joal Teitelbaum, que comandava também o transformador projeto Rotas de Integração, visionário programa para integrar nossa combalida América do Sul. Junto com o maior incentivador do método em todo o Brasil, Jorge Gerdau, Teitelbaum ouviu nosso Plano de Governo e foi decisivo no apoio a termos dois grupos de consultoria para imprimir a Qualidade Total como método assumido pelo governo e pelos servidores das secretarias de estado. Refiro-me ao apoio aos Programas Estruturantes, que trouxe de minha experiência de planejamento acompanhando já como deputada federal o primeiro mandato de Fernando Henrique para implementar o Plano Real, iniciado em julho de 1994 com a troca da moeda, e desde então com a agenda das reformas.
Faço hoje, por esta coluna, um reconhecimento à sensibilidade diferenciada de Joal Teitelbaum. Neste Carnaval, ao selecionar documentos para levar para BSB, deparei-me com a 47ª edição da Best Home (nov-dez 2015 e jan 2-16), publicação trimestral de sua empresa, ainda fechada. Editorial assinado por ele: Para Não Falar Somente de Flores. Ao abrir a revista e lê-la, vendo quantas marcas de suas obras povoam nosso cotidiano, a mais recente o novo campus da Unisinos na Nilo Peçanha, não me contive: essa história quero contar. Teitelbaum, falecido recentemente, foi o meu melhor parceiro na compreensão da importância e na implementação de um programa que fez a diferença: os Programas Estruturantes. Obrigada!
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