O IGP-Instituto Geral de Perícias do Governo do Estado, é uma instituição pouco conhecida do público em geral, mas tem uma importância crucial nos processos de justiça. Sem o laudo do IGP os processos sobre mortes por causas violentas não começam a andar, acumulando-se em centenas de milhares e retardando o que cabe fazer à Justiça. No nosso governo buscando reestruturar a carreira dos servidores do IGP, melhoramos as condições físicas de seus laboratórios na Avenida João Pessoa. A qualidade dos serviços do IGP/RS é reconhecida em todo o país.
Pude reafirmar esse reconhecimento de qualidade quando o trágico evento do acidente da TAM em Congonhas em julho de 2007 tirou a vida de muitos gaúchos, incluindo o Dep. Federal Júlio Redecker e de várias “tricoteiras” e seus advogados, que iam a uma reunião em São Paulo. As tricoteiras ficavam em praça pública tecendo e tecendo suas mantas, fazendo um símbolo muito claro do que esperavam: o pagamento de seus precatórios. Com o acidente coloquei em primeira prioridade reestabelecer o pagamento atrasado há décadas desses precatórios, o que foi feito.
Telefonei imediatamente ao governador de São Paulo, José Serra, oferecendo os serviços do nosso IGP/RS para auxiliar nos trabalhos de reconhecimento dos corpos pelo IGP/SP, ambos reconhecidos pela excelência de seus trabalhos. As duas equipes, sob a coordenação da de São Paulo, completaram com rapidez o que todos os familiares dos mortos queriam: poder sepultar seus parentes. O que se seguiu sabemos: o caos aéreo, que forçou o Governo Federal a estabelecer mudanças e regras para todo o setor.
Agora de volta à Câmara Federal, inscrevi projeto de lei para dar condições de igualdade ao IGP em relação aos outros órgãos da Secretaria de Segurança: isenção de IPI na compra de seus equipamentos, principalmente viaturas. O IGP não é primo pobre nessa rede de justiça, faz parte vital dela.
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