Que me perdoem os doutos em governança e planejamento estratégico, etc. etc.
Um dia deste prestei-me para ouvir uma entrevista, na qual o entrevistado, um ” colaborador” público divagava, evidentemente, desfilando um Rosário de tragédias, para ao final defender com unhas e dentes que sem aumento de impostos e a volta da cpmf, o país não teria saída.
Deteve-se a um pensamentomuito linear. Quando um chefe de família perde o emprego, não tem o poder de bater na porta dos vizinhos e passá-las as suas contas.
Que direito tem o governante de chamar a sociedade a pagar a falta de dinheiro na sua bolsa.
Não é necessário muito esforço para observar que o homem público com o discurso que seus atos visam o bem comum, a proteção aos menos aquinhoados, na prática é perdulário. Porque não chama um plebiscito e pergunta ao cidadão comum quanto ele está disposto a colaborar com aumento de carga tributária para que tudo continue na mesma, nos órgãos públicos? Evidentemente que não o fará, pois qualquer pessoa comum sabe que dinheiro bom é o que está nos bolso.
Aqui com os meus botões imaginei que cada modinha ou nota são o mesmo que gotas de água e cada um de nós, as empresas e o poder público somos como pequenas poças as quais gota a gota vão ampliando seu volume. Quando liberamos, voluntária ou involuntariamente nosso dinheiro, colocamo-lo em corregos que vão indo aos borbulhões transformando-se rios e oceanos. O poder público e as grandes corporações tem melhores condições de desviar esses recursos e represa-los em seu benefício.
Quando em empresa privada aufere desse jogo de ampliar para suas represas o dinheiro, podemos dizer que é o lucro, quando é o estado, eufemisticamente se denomina impostos e taxas. Aí vem a pergunta se a maior parte do dinheiro que circula em uma nação cai nas mãos do estado como pode esse estar sempre a reclamar de falta de recursos?
A respostas é por demais simples. A primeira preocupação do poder público não é devolver à sociedade em serviços os recursos a ele levados, sim em nome da democracia criar mecanismos que dificultem a rotatividade no poder.
Enquanto a sociedade não entender que o estado não pode ser perdulário e corporativo, amarga tributária sempre aumentará e por consequência ao pobreza também, pois, dinheiro bom é útil é o que fica no bolso do cidadão comum.
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