O Governo Sartori não explica se tem agenda para debelar a crise nas finanças públicas do RS

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A nota publicada no final de fevereiro em páginas inteiras dos jornais diários é esclarecedora sobre a desastrosa situação das finanças estaduais, enfrentada até o momento através de cortes pontuais, saques em cima dos depósitos judiciais e caixa único, além de atrasos em pagamentos de salários e de fornecedores.

Desde que o novo governo assumiu, esta tem sido a tônica do discurso e das ações do Piratini.

Já não há quem não conheça a dramática situação das contas públicas, sobretudo os funcionários estaduais, novamente vítimas da falta de dinheiro nos cofres do Tesouro do Estado.

É fácil perceber porque a fala de salário em dia interfere no ânimo e na qualidade dos serviços públicos, com ênfase para as áreas de saúde, educação e segurança, jogando-os para baixo.

Seria até aceitável conviver com este cenário tremendamente adverso, caso o governo indicasse onde está o farol que guia o barco estadual para porto seguro e sem tempestade, permitindo que todos ajustem seus instrumentos, seguro de que a rota e a duração da jornada estão traçados.

A nota, contudo, não explica de que modo e em quanto tempo o governo Sartori pretende sair da tempestade.

Falta agenda.

E não há uma só palavra sobre o que faz e fará o governo para mobilizar os agentes econômicos, prefeituras e governo federal para animar a economia do Estado.

Falta agenda.

Na nota não dá para perceber como é que o governo enxerga luz no fim do túnel e nem se enxerga luz.

– Este colunista já anotou inúmeros registros de membros do governo estadual, segundo os quais o governo possui agenda clara de mudanças, mas o timing delas depende muito mais do grau de adesão da sociedade aos seus termos, o que resulta da luta interna que ocorre entre as forças do mal e do bem no RS. A revelação completa do conteúdo e do cronograma, segundo as fontes, inviabilizariam a execução, dado o altíssimo grau de resistência dos setores corporativos da sociedade e dos seus representantes dentro e fora da oposição.

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