CEEE-D privatizada poderia render R$ 5 bilhões aos cofres públicos

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33% do capital da CEEE-D pertencem à Eletrobrás. A Medida Provisória 735, editada no meio de junho pelo presidente Michel Temer, facilitará a privatização de empresas estatais de energia elétrica, como é o caso da CEEE-D no RS. Eu já escrevi sobre isto várias vezes, inclusive adiantando que o enxugamento de pessoal iniciado pelo atual governo visa justamente privatizar a estatal gaúcha. A primeira privatização do governo Michel Temer no setor energético, contudo, não envolverá a CEEE-D, mas deverá ser a da Celg Ditribuidora, a Celg D, cujo edital pode sair a qualquer momento pelas mãos do governador Marcondes Perillo, PSDB. O processo de privatização já estava todo combinado com o antigo governo de Dilma Roussef. O governo goiano quer R$ 5 bilhões pela estatal, mas o valor mínimo do edital é de R$ 2,8 bilhões. A Eletrobrás, que controla 33% do capital da CEEE-D, detém 50% do capital da estatal de Goiás, o que quer dizer que ela levará a metade da bolada. No RS, o governo Sartori poderá beneficiar-se da nova MP, colocando em disputa o controle da distribuidora da CEEE. No caso de privatização, a CEEE D poderá resultar em venda por valor pouco superior ou pouco inferior a R$ 5 bilhões, porque ela seria do porte da Celg D. Além disto, a Cfpl, que controla a RGE e acaba de comprar a RGE, estaria disposta a pagar um prêmio pela CEEE D, já que com isto dominaria completamente o mercado de distribuição de energia elétrica no RS. O governador Ivo Sartori nunca admitiu publicamente que venderia qualquer das estatais, muito menos a CEEE-D, mas dificilmente ele deixará de fazer isto, porque todo o mix de medidas destinadas a ajustar as contas públicas não foram capazes de resolver o nó de déficits e dívidas deixado pelo governador Tarso Genro. Quem viver, verá.

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O jornalista Políbio Braga é casado e tem três filhos. Ele tem mais de 50 anos de jornalismo, já que começou em 1962 no Diário Catarinense, em Florianópolis. Depois trabalhou também nos jornais Correio da Manhã e Última Hora, do Rio, revistas Veja e Exame e jornal Gazeta Mercantil de São Paulo, além dos jornais Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio, de Porto Alegre.

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