Existem diversas regiões no planeta que nos oferecem shows de notável beleza protagonizados pela natureza. Entre tantas paisagens e lugares encantadores, destaco nesta matéria um fenômeno que proporciona shows de luzes espaciais chamado de aurora boreal. O nome foi dado por Galileu Galilei em 1619 em homenagem a Deusa Romana do amanhecer, Aurora, e seu filho Bóreas. O evento atrai turistas de todas as partes do mundo ao polo norte e pode ser visto à noite e nos fins de tarde.
Segundo os cientistas que estudam a matéria, quando ocorrem tempestades solares, a Terra é atingida em grande quantidade por partículas que se chocam com o campo magnético do planeta e fazem esse espetáculo de luzes, a intensidade luminosa é variável, irregular e pulsante.
Parafraseando a doutrina científica, a aurora boreal se dá sempre que grande quantidade de elétrons provenientes dos ventos solares interage com elementos da atmosfera terrestre com enorme velocidade. Essa interação provoca um forte choque entre as moléculas, fazendo com que seja produzida intensa energia luminosa. O fenômeno surge em vários formatos: pontos luminosos, faixas horizontais ou em círculos que aparecem alinhados ao campo magnético terrestre.
Embora haja o predomínio da cor verde, as cores podem variar com tons de vermelho, laranja, azul e amarelo. Há momentos que aparecem todas essas cores ao mesmo tempo. De acordo com cientistas, a aurora boreal forma arcos no horizonte, tem bandas irregulares que se unem para constituir as auroras móveis em forma de cortina semelhantes às nuvens com limites pouco nítidos e raios que se separam formando leque.
Ainda, há formação de uma coroa boreal brilhante surgida no zênite (ponto de referência para a observação), onde parecem convergir todos os raios com a luz difusa. A altura da aurora boreal oscila entre 100 km e 120 km, embora nas regiões ainda iluminadas pelo sol possam surgir abaixo de 80 km ou acima de 1000 km.
É possível ver esse fenômeno na Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia, Alasca, Canadá, Groenlândia, Escócia e Rússia que ocorre nos meses de fevereiro, março, setembro e outubro. Segundo os cientistas, neste período costuma ser mais intensa a atividade solar. No hemisfério sul, a aurora boreal é chamada de aurora austral.
Na cidade de Tromso localizada acima do círculo polar ártico, no norte da Noruega, ocorrem com frequência as auroras boreais que chegam com o fim dos longos dias de verão. O belo espetáculo de luzes coloridas é a principal atração da cidade que tem a universidade mais nórdica do planeta. Este evento natural é um grande atrativo turístico. A cidade é uma das mais procuradas do mundo, tanto no inverno como no verão devido à ocorrência de dois fenômenos: no verão, surge o sol da meia noite e no inverno a aurora boreal. Nesta bela cidade nórdica, entre dezembro e janeiro não há sol, por conta disso ocorre à chamada longa noite polar.
Outra cidade que tem frequentes auroras boreais é a Lapônia, na Finlândia, que recebe todos os anos grande quantidade de turistas.
Como se vê além da tecnologia criada pelo ser humano, a natureza também protagoniza belíssimas contemplações.
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