Depois da Segunda Guerra Mundial inicia naquele País a brutal dinastia Kim. Tudo começou quando um guerrilheiro comunista se aproveitou da fragilidade política da península coreana, libertada do domínio japonês após décadas, para se autodeclarar “a estrela que surgiu para salvar o povo”. Após a guerra que dividiu a Coreia (1950-1953), o Sul adotou o capitalismo apoiado pelos EUA, e o Norte o comunismo apoiado pela Rússia e China.
Na economia, o PIB da Coreia do Norte, representa apenas cerca de 5% do PIB da Coreia do Sul. Em mais de seis décadas de domínio político da família Kim na forma de ditadura, o comando está na 3ª geração com a mesma receita para manter o poder: enorme contingente militar para proteger o ditador de suas medidas violentas; política unipartidária através do “Partido dos Trabalhadores” com dinastia de poder; proibições de manifestações contrárias à veneração do líder supremo; proibições de manifestações religiosas entre outras barbáries, todos os norte-coreanos estão sujeitos às execuções sumárias.
O discurso interno é que as forças armadas devem ser poderosas e estarem sempre vigilantes para defender o povo dos inimigos, em especial, os EUA. Na verdade, o grande contingente militar serve para vigiar a população e intimidar possíveis revolta popular de grandes proporções que possa colocar em risco o poder da dinastia Kim.
As notícias que chegam do exterior são filtradas pelo governo para divulgar a população, apenas o que for de interesse do regime totalitário. É negado o acesso à internet, viagens ao exterior e os poucos estrangeiros que lá visitam não podem ter contato com a população local, sendo vigiados de perto pelos guias do ditador.
É emblemático entender o nome oficial do País, já que a nomenclatura contradiz a realidade – República Popular Democrática da Coréia do Norte – RPDC. Na prática, não existe nada de democrático e tampouco de popular. As notícias da mídia internacional rotulam a Coréia do Norte como sendo o País mais fechado do mundo. O povo é obediente, ordeiro e vive com medo de execuções. O regime comunista mantém presos em campos de cativeiros, todos que se opõem ao governo. As pessoas são punidas com trabalhos forçados até a 3ª geração, inclusive para famílias dos desertores.
O Brasil (desde 2008 no Governo de Lula) é um dos poucos Países que têm relações diplomáticas com esta Nação e observa de braços cruzados todas as atrocidades, sem manifestar posições firmes. A ONU pede o fim dos campos de prisioneiros políticos; pede que sejam respeitados os direitos humanos e arrecada fundos para ajuda humanitária, pois 1/3 da população não tem alimentos.
Por imposição do ditador, as forças armadas têm prioridade aos escassos recursos. As execuções por razões fúteis são comuns, segundo relatam os desertores às mídias. As potências mundiais elevam sanções econômicas para conter as ambições nucleares o que torna o País, ainda mais inóspito às condições de vida. Lá, o povo vê a liberdade como um sonho distante e surreal.
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