A tecnologia automotiva tem alcançado rápidos avanços nos últimos tempos. No Brasil, na década de 1980 havia o programa pro álcool para enfrentar a 2ª crise do petróleo ocorrida em 1979, haviam poucas ofertas e poucos modelos de veículos com tecnologia rudimentar, muito semelhante a dos anos 1960. Na década de 1990 a expansão da abertura do mercado brasileiro coincidiu com a globalização e acelerou a corrida tecnológica automotiva, ampliando as ofertas de marcas e modelos de veículos para os consumidores brasileiros. Na década de 2000 surgiram outras energias renováveis e alternativas que forçaram a redução do preço do barril de petróleo no mercado global.
Esses avanços tecnológicos têm frequências cada vez menores e acirram a competitividade entre as principais marcas mundiais do setor automotivo. Nesta matéria, concentro minha atenção na Marca que lançou ao mercado em julho/ 2017 o protótipo do carro elétrico. A referência é para a Tesla que produz carros elétricos de alto desempenho, e, portanto, dispensa o uso de combustíveis convencionais. A empresa foi fundada em 2003 na Califórnia – EUA. O nome da empresa é uma homenagem ao inventor e engenheiro eletricista Nikola Tesla.
A Tesla Motors, uma jovem empresa privada, abriu capital para negociar suas ações na Nasdaq, a bolsa de valores eletrônica dos EUA. Recentemente, a Marca passou a integrar o seleto grupo das dez marcas automotivas mais valiosas do mercado global. O CEO da empresa, Elon Musk, almeja produzir cinco mil unidades semanais em 2017 e dez mil unidades semanais em 2018. O Model 3 é destinado aos consumidores da classe média, tem autonomia para 345 km com carga completa nas baterias e o valor de mercado é de 35 mil dólares. A velocidade máxima, segundo a fábrica, é de 209 km/h.
O Model 3 da Tesla gerou grande expectativa mesmo antes de chegar ao mercado, pois provocou filas nos EUA e no exterior para reservas, logo após as primeiras horas do lançamento. Além do mercado americano, o Sedã será vendido em mais de 30 Países, inclusive no Brasil. Como há a perspectiva de aumento na quantidade de carros elétricos da Tesla circulando nas ruas nos próximos meses, o CEO da empresa Elon Musk, acena com investimentos que pretende fazer para melhorar a infraestrutura nos pontos de recarga rápida das baterias dos veículos da Marca.
Conforme o ranking 2017 BrandZ™ Top 100 das marcas mais valiosas do mundo, a Tesla é a marca automotiva que mais se valoriza. No mercado de capitais, as ações unitárias passaram de 17 dólares em julho/ 2010 para quase 300 dólares atualmente. A expressiva valorização se deve as ótimas perspectivas de lucro da Marca.
Quanto à possibilidade de os carros elétricos ingressarem no mercado brasileiro, há algumas barreiras que precisam ser superadas, assim, por exemplo: [a] precisa haver infraestrutura em locais apropriados para carregar as baterias. Isso não é barato, tendo em vista o tamanho continental do Brasil e a vasta extensão da malha rodoviária; [b] precisa haver ampla rede de concessionárias para venda e manutenção dos veículos; [c] os preços dos veículos e a reposição da energia elétrica devem ser competitivos, se comparados aos concorrentes de categorias similares.
Seja como for, tudo indica que no longo prazo, quiçá nem tão longo assim, os combustíveis convencionais: diesel, gasolina, álcool, biodiesel e gás veicular, terão que partilhar o mercado com os carros elétricos, fato que a natureza agradece. Também, é provável que no futuro logo a diante, outras montadoras venham a aderir os carros elétricos.
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