Meu espaço de hoje está cedido para Juliano Ferrer, Diretor do DTG – Departamento das Torcidas do Grêmio, Ex Diretor Jurídico do Clube, Conselheiro do Clube, e atual Diretor do DTG;
Se alguém chegar hoje ao Rio Grande do Sul, e buscar saber sobre ocorrências envolvendo esta ou aquela torcida organizada do Grêmio, poderá absorver visão distorcida sobre todo o contexto que evolve o assunto, considerando últimos episódios e especialmente aqueles ocorridos no GRENAL do dia 11/03/2018.
A violência entre torcidas organizadas é uma realidade no nosso país, problema que tem ocupado a atenção da sociedade, do Poder Público, da mídia e dos clubes, todos com a intenção de ter nos estádios a festa e a vibração com o futebol, sem riscos e sem desrespeito à lei e a ordem. Porém engana-se quem não percebe a complexidade do tema, que deve ocupar reflexão sobre todos os aspectos sociológicos do fenômeno.
O Grêmio desenvolve desde início de 2016 um trabalho especial, com departamento próprio para tal – Departamento do Torcedor Gremista. E seguindo a diretriz traçada pela Gestão, estabeleceu com o Ministério Público; com o Poder Judiciário; com os órgãos de segurança; com sua parceira, a Arena; e com as suas torcidas organizadas reconhecidas, um plano de trabalho onde impera a transparência, a parceria, e o respeito à lei de forma incondicional, sem abrir mão da manutenção da nossa cultura de torcer, com canto intermitente e apoio incondicional ao time em campo.
O trabalho, digo sem medo de errar, tem alcançado enorme êxito, o que se comprova pela análise mais profunda do cenário e das conquistas, detectado inclusive por matéria recente, publicada na imprensa, vale referir, https://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/proximidade-com-organizadas-nao-impede-protestos-so-gremio-fica-imune-em-2017.ghtml.
E se realiza com planejamento, compreensão do cenário e diálogo com os envolvidos. Assim como é executado com um misto de gestão abnegada (dirigentes não remunerados que emprestam seu tempo e capacidade no sentido de pensar as soluções e auxiliar na execução), e a profissional com executivo que vive o dia-dia do clube, cada vez mais imperativa em todos as nuances da administração do futebol.
Talvez seja utopia conquistarmos ‘problema zero’ no cenário que vivemos no nosso país, considerando o todo da dificuldade social presente. Mas avançamos muito, com a inegável ajuda das lideranças das torcidas organizadas, no sentido da pacificação de nossas arquibancadas. E se continuarmos perseguindo a festa com ordem e com nenhuma ocorrência de violência ou desrespeito a lei, estaremos cada vez mais próximos do máximo controle do cenário, seguindo a linha da festa e do incentivo ao nosso time. Além de termos uma atmosfera de alegria e garra, inegavelmente proporcionada. E para isso não trabalhamos com benefícios ou regalias aos seus torcedores organizados, ao contrário do que eventualmente é dito de forma irresponsável. Trabalhamos com a transparência e a disponibilidade do clube em ajudar na festa, com os instrumentos da banda, com a conscientização dos seus torcedores e, acima de tudo com muita paixão pelo Grêmio.
Não podemos deixar que os últimos episódios sepultem todo um trabalho sólido e reconhecido inclusive pelas autoridades do nosso Estado. O Grêmio cumpre sua parte, como importante instituição da nossa sociedade, para que o futebol seja cada vez mais um ambiente de emoção, de convivência e de muita festa, com ordem e respeito à lei.
Saudações Tricolores
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