Para alguns, a idade média é conhecida como a idade das trevas.
As novas abordagens dos estudos históricos, contrariam essa máxima da idade das trevas. De fato o legado da idade média é mais significativo que imaginamos para a consolidação da nossa civilização judaico-cristã.
É evidente que as vozes ressonantes do mantra “ idade das trevas”, vem de vertentes, ideológicas, no mínimo anticlericais, o que na prática vai dar no mesmo, pois, visam desestabilizar os pilares de nossa práxis civilizacional.
De qualquer sorte, na idade média, tínhamos o Sr. Feudal, o possuidor do poder politico, militar e econômico, tendo os servos a obrigação incontestável de servir aos senhores, pagar- lhes os impostos, sempre aquém da gastança desmedida, quiça perdulária.
Nesse período surgiram as corporações de artes e oficios, os embriões dos sindicatos, cuja finalidade era defender os interesses de seus membros além de estabelecerem hierarquias entre eles.
Na atualidade os cidadãos são servos de um Ente Estado, assente nas leis por vezes imorais, as quais na prática visam subjugar o servo, agora cidadão a trabalhar mais tempo para pagar impostos crescentes. Como vemos, nada diferente da idade média.
As corporações medievais, com as adaptações aos tempos modernos, fortaleceram-se e chegamos à república dos sindicatos. Creio, não discordamos que nos últimos anos, os sindicatos assumiram um papel de destaque na composição dos ministérios e controle da máquina pública.
Graças ao poder politico dos sindicatos, direitos inimagináveis aos demais cidadãos foram alcançados aos servidores públicos, tudo para manter o status do poder central, na visão de perpetuação do controle do estado e dos servos, os cidadãos. Por evidente, tal prática estava condenada ao fracasso, uma vez que poder requer mais poder, por conseguinte a massa de servos ainda que de forma passiva reage, fazendo cair a arrecadação até o poder central se deparar com o saturamento de sua praxis. Entretanto, como quem está no poder e seus satélites vive alheio ao mundo real, quando acordam, estamos a braços dados com crises incontornáveis, a caminho de convulsões sociais ou guerras intestinas. As revoluções estão aí para ensinar como terminam os governos e governantes alheios aos anseios da plebe.
Enfim, cabe a reflexão se o nosso pensar das relações estado povo, de fato evoluíram desde a idade média ou somente as práticas mudaram de nome.
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