“ODS Agentes de Mudança” é uma ferramenta educacional para idealizar projetos, produtos ou serviços alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU
A Fundação Gerações (FG) criou uma forma inédita e lúdica de falar sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a agenda norteadora estabelecida na assembleia-geral da ONU em 2015. O jogo “ODS Agentes de Mudança” é uma ferramenta educacional focada em idealizar projetos, produtos ou serviços alinhados aos ODS – um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. Em formato de workshop, integra as atividades do DUXtec, um dos 10 projetos de todo o País selecionados pelo nono edital Educar para Transformar do Instituto MRV.
“O ‘ODS Agentes de Mudança’ foi concebido para engajar jovens, incentivando-os a pensar de forma prática sobre como podem contribuir para transformar suas comunidades por meio de negócios de impacto social. O grande objetivo do jogo é construir planejamentos claros que os jovens possam levar adiante, abordando temáticas como empreendedorismo de impacto social, mobilização e engajamento juvenil”, explica a coordenadora educacional da FG, Taila Becker, a “inventora” do jogo.
A inspiração veio de várias fontes. Além de outros jogos educativos, como o “Guardião do Planeta”, que ajudou a trazer ideias iniciais, a criação foi profundamente influenciada pelas práticas do programa DUXtec – uma das tecnologias social da FG que busca formar empreendedores de impacto social. “Ao jogar o “Guardião do Planeta”, identificou-se a necessidade de aprofundar as temáticas relacionadas aos ODS, como o comprometimento da juventude com questões comunitárias e a mobilização social. A elaboração ainda envolveu longos diálogos com colegas como Nathalie Minuzzi, Karine Ruy e Ana Maciel, que contribuíram para a criação de perguntas e desafios que não só mobilizassem os jovens, mas também estimulassem sua criatividade”, detalha Taila.
Durante a interação proporcionada pelo jogo, os participantes são desafiados a criar ações, produtos ou serviços relacionados a um dos 17 ODS, passando por um processo de planejamento que envolve questões como quais recursos são necessários, quem pode ajudar e como conseguir apoio financeiro. Taila complementa: “Com isso, eles aprendem não só sobre sustentabilidade, mas também sobre como transformar suas ideias em realidade utilizando metodologias de desenvolvimento de negócios e projetos. O jogo é uma forma colaborativa de incentivar a juventude a pensar criticamente sobre os desafios globais e a desenvolver soluções que possam ter um impacto positivo e duradouro”.
A materialização do jogo contou com a ajuda do designer Samuel Guedes, que trouxe cor e vida ao projeto, transformando as ideias em uma experiência visualmente atraente e envolvente. Após a concepção, foram realizados vários testes para ajustar a jogabilidade e entender como o jogo poderia ser adaptado para diferentes públicos, garantindo que fosse dinâmico e acessível para os jovens.
Os tabuleiros do jogo começaram a ser movimentados em abril por jovens participantes de cursos técnicos e programas educacionais voltados ao desenvolvimento social e profissional, como os da Fundação Pão dos Pobres e do Projeto Pescar. No entanto, no mês seguinte, as enchentes interromperam o cronograma ajustado com as escolas e forçaram um novo planejamento.
Sobre a Fundação Gerações
A Fundação Gerações atua há 15 anos no Rio Grande do Sul promovendo inovação, conhecimento e articulação no ecossistema da ação social local. Sua atuação é centrada em três eixos transversais: fomento a negócios de impacto social, fortalecimento de organizações sociais e desenvolvimento local. O portfólio de iniciativas desenvolvidas pela Fundação Gerações inclui o programa Geração DUX, que em cinco anos formou mais de 120 lideranças jovens, o DUXtec, núcleo voltado ao apoio a empreendedores sociais de periferias, e a gestão do Fundo Gerações – endowment conectado ao programa Pró-Social. A FG também é responsável pelo Fundo Porto de Todos, primeiro fundo comunitário do RS que surge para engajar pessoas e instituições em prol do desenvolvimento social das comunidades mais vulneráveis de Porto Alegre e Região Metropolitana.