No Ceará, como em todo o nordeste brasileiro, o artesanato é um expoente gerador de renda às famílias, desde seus precursores. A renda é avigorada por turistas domésticos e estrangeiros. O trabalho tem sólidas bases culturais e sempre foi uma atividade importante para inclusão social. Com a globalização, o artesanato abriu passagem para outras oportunidades econômicas, vis-à-vis ao acréscimo de investimentos, em especial, de capital estrangeiro. Por isso, se estendeu rapidamente ao comércio exterior e difundiu o intercâmbio entre povos de diferentes costumes.
O Ceará tem expandido serviços, parque industrial e o agronegócio para atender as crescentes demandas. O Governo do Estado oferece incentivos fiscais para estimular diversas atividades econômicas, como: hotéis, turismo, esportes e lazer. De modo geral, a imagem do Ceará está ligada à figura da mulher rendeira. A atividade foi introduzida no Brasil pelos portugueses e o trabalho é feito, em especial, na faixa litorânea.
O artesanato de cestarias e do traçado é feito com base no bambu e no cipó para a composição de variados objetos, como: chapéus, bolsas e cestas. A cerâmica cearense, de influência portuguesa, indígena e africana, é usada para fins utilitários e decorativos. Além de Fortaleza, os centros mais importantes estão em Ipu e Juazeiro do Norte.
O Ceará guarda uma antiga tradição de manufaturas artesanais feitos de couro. A grande participação da pecuária no PIB local e a produção de couro, explicam a rica variedade de peças artesanais produzidas com esse insumo. A ramificação do artesanato se estende ao têxtil para produção de redes em Fortaleza e Jaguaruana, depois são vendidas em todo o Brasil. Já o artesanato de metal oferece manufaturas de latoarias, ferraria, serralheria e cutelaria. No artesanato de madeira, o Ceará se destaca na fabricação de móveis de todos os tipos. Os escultores em madeira se concentram na capital.
No artesanato de artes gráficas, a mais importante contribuição artística do Ceará é a xilogravura para a ilustração de capas de folhetos de cordel. A religião no Ceará tem profunda ligação com o artesanato. Os imaginários, são a prova da paixão do povo por suas crenças e seus santos são representados em imagens sacras. No Estado, há dois centros de veneração místico-religiosa: Juazeiro do Norte e Canindé.
Historicamente, o Ceará desponta no cenário nacional como o Estado que concentra no artesanato uma de suas principais vocações produtivas, cumprindo importante papel para o crescimento regional. O elevado potencial para gerar empregos, alavanca maior inserção das mulheres e dos jovens na cadeia produtiva e comercial, fixa o artesão em seu lugar de origem e consolida a identidade cultural cearense.
O Programa de Desenvolvimento do Artesanato do Estado do Ceará, que é vinculado à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social é a política pública do Governo do Estado destinada a este setor que tem o objetivo de valorizar o artesanato cearense, preservar a cultura, o talento, a tradição e a arte popular de cada região do Estado.
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