Desde criança, aprendi com meus pais que saber agradecer por tudo é uma virtude. Esta virtude classificava sempre a mim e aos meus irmãos, como crianças educadas. Pois bem, muitos anos se passaram, escolhi há mais de 20 anos a área de recursos humanos para fazer carreira. Hoje encontro clientes e amigos da área, que após uma técnica implantada, um serviço realizado, um resultado extraordinário conquistado manifestam a palavra gratidão de forma recorrente. Qualquer acontecimento, entendendo que seja algo bom, lá estão as pessoas repetindo em todas as redes sociais “gratidão” por tal acontecimento. Hoje me questiono: Será que esta palavra virou o jargão da área de Gestão de Pessoas?
Para mim, mais do que uma palavra mágica, o sentimento que esta palavra tem significado é mais do que um simples obrigado, mas um total sentimento de confiança no relacionamento envolvido.
Não tenho dúvidas que o uso de expressões facilita a comunicação no trabalho, mas em excesso pode ter efeito contrário, e é ai que eu quero chegar. Conhecer os jargões típicos de sua área de atuação é importante para o profissional garantir a boa comunicação, ficar atualizado e entender os assuntos em pauta. Usá-los em excesso, entretanto, pode gerar efeito contrário. E aqui não me refiro apenas a palavra gratidão, mas a muitas outras que escutamos, principalmente no idioma inglês, pois afinal, para muitos cargos hoje, quem não tem a fluência, está quase fora do padrão e não tem espaço no mercado de trabalho. Será mesmo?!
Acredito que, quando o profissional começa em determinada atividade ou empresa, deve buscar informações com colegas e gestores sobre o vocabulário adotado por eles. Os líderes, porém, têm a obrigação de conhecer o básico dentro da sua área de atuação e se você não entendeu algo que extrapola o conteúdo básico a ser dominado pelos profissionais, pergunte imediatamente. Quanto mais novo você for, tanto na área como na empresa, mais toleráveis serão suas dúvidas.
Como sabemos que existem termos que são permanentes e também os modismos, já ditados como os jargões corporativos e estão sempre evoluindo, mas é preciso que o profissional evolua com eles.
No mutável mundo de hoje só temos uma saída como profissional de Recursos Humanos: para sobrevivermos e cumprirmos o nosso papel, temos que ousar eticamente e contribuir de maneira societária, e não somente agirmos como rolo compressor ou reprodutor de maneira radical, por vezes, desumana e puramente nuvem passageira.
Deixo aqui a dica, para pensarmos!
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