De ão em ão vai-se a ilusão, vem a razão

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Passado o dia 13 de Março, o qual de certo entrará para a História do Brasil, pois, indiscutivelmente as multidões foram às ruas, e, não podemos dizer que havia orquestração.

Num domingo propenso ao laser, as pessoas abrirem mão de outros entretenimentos e espontaneamente irem às ruas para dizerem ao governo que não estão satisfeitas com a condução dos destinos do país, entendemos prenúncios de maturação da sociedade, é uma revolução em curso, a da classe média. Foi-se a do proletariado, a foice e o martelo, não passam, não passarão, esse foi o recado.

A realidade que levou ao impasse atual, no qual o governo perdeu o apoio de suas bases de sustentação, tem que ser observada no contexto presente, a economia sem rumo, decorrente de medidas restritivas ou equivocadas do ente público, inibem os agentes econômicos, por consequência desacelerada da economia, o desemprego é a face mais visível.

Nas entranhas do desemprego temos as mães e pais privados de alcançar o leite a seus filhos, temos os idosos privados por vezes de comprar remédios vitais para minimizar o sofrimento de doenças muitas decorrentes de carências advindas de condições inadequadas de vida ou trabalho. Enfim, depois da transição do poder militar para os civis, a volta dos exilados, etc., a constituição cidadã que trouxe um rol de direitos e poucas obrigações, chegamos ao atual governo, o qual numa retórica sustentada por sofismas advindos de premissas falsas entre elas que o voto livre do povo os escolheu. Meia verdade, pois, as pessoas optaram por essa corrente partidária, fruto da imagem apresentada aos mesmos, qual publicidade de um produto de consumo. ( para o produto há o código de defesa do consumidor); ou seja, se o produto ou serviço não corresponde ao anunciado, o consumidor devolve ou é indenizado. Governos que não cumprem o prometido são produto rejeitado, por vício.

O País segundo as imagens projetadas pelo partido no poder, estava em franca ascensão, pleno emprego, escola e comida, facilidades para consumo fartas e acessíveis. Passadas as eleições, a sociedade percebe estar noutra realidade. O dia fez-se noite, e sem luz para iluminar o caminho a prosseguir. Vem os escândalos do mensalão, do Petrolão e outros tantos ão. Enfim a ilusão de uma vida melhor, virou pesadelo, foi-se a ilusão no Messias, no Dom Sebastião, veio enfim a razão, e essa classe média a peça vital da máquina nacional, acordou e entendeu que é ela quem pode mudar os rumos e veio à rua, enfim, a razão veio à rua para dizer Basta, não sabemos para onde vamos, mas onde estamos, estamos em má companhia.

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