O movimento “O Sul é meu País”, cujo coordenador é o catarinense Celso Deucher, quer instalar 400 urnas em cidades escolhidas do Paraná, SC e RS, tudo com o objetivo de saber se os eleitores dos três Estados querem sair do Brasil.
Isto acontecerá neste domingo, sultâneamente com as eleições municipais.
Num primeiro momento, a Justiça de Santa Catarina proibiu o plebiscito, mas num segundo momento o movimento conseguiu vitória em instância superior.
A capital do Sul seria Lajes, SC, que segundo Deucher foi uma das capitais farroupilhas.
O movimento declara-se capitalista e liberal.
O repórter Bruno Meier, revista Veja deste final de semana, tentou ridicularizar Deucher e o movimento numa entrevista de página inteira da revista, esta semana, mas foi surpreendido pela consistência das respostas do líder da secessão. Ele lembrou ao repórter que entre 2011 a 2014, a União tungou R$ 501 bilhões do Sul e só devolveu R$ 119 bilhões, vampirizando recursos dos contribuintes sulistas para o Norte.
No RS, em Santa Cruz do Sul, outro movimento parecido não prosperou,mas ele tinha por objetivo tornar apenas o RS independente. O líder era Irton Marx. Marx tentou repetir Bento Gonçalves, mas sem usar armas.
A débâcle econômica do RS torna o movimento “O Sul é meu País” muito menos atraente, porque se Deucher forçar muito a barra, a secessão poderá ter apoio dos Estados do Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que já não agüentam mais a choradeira dos gaúchos.
Agora, quem pede ajuda da União é o Sul e não o contrário.
De qualquer modo, o plebiscito recoloca em debate uma questão realmente de fundo, que é a questão do pacto federativo, porque ninguém mais agüenta as disfunções existentes atualmente no Brasil.
Quem viver, verá.
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