Filme rodado inteiramente na Itália resgata o romantismo sobre o país mais atingido pela pandemia global
Aceitaria você passar um dia na cidade mais romântica do mundo com uma pessoa completamente estranha? Esse é o desafio dos personagens Maximiliano e Maria interpretados pelo alemão Peter Ketnath (Cinema, Aspirinas e Urubus’ e ‘Vou Nadar até Você’) e a brasileira Bella Carrijo (‘Alaska’ e ‘Amando a Carolina’), no novo filme do cineasta colombiano residente no Brasil e Estados Unidos, Juan Zapata. ‘When in Venice’ é um romance contemporâneo que envolve dois estrangeiros com visões distintas sobre o amor na tentativa de passar um dia dos sonhos na encantadora Veneza. O cartaz do filme foi lançado nesta quarta-feira (15) e o longa deve estar concluído nas próximas semanas. Em breve será anunciada a première mundial do filme, ainda neste semestre. O lançamento comercial está previsto para o início de 2021, um feito para o cinema nacional e mundial em tempos pandêmicos.
As gravações aconteceram em 2018, sendo o filme feito inteiramente na Itália com equipe de profissionais vindos do Chile, Itália, Alemanha, Colômbia, Estados Unidos e, a grande do Brasil. As cenas resgatam o romantismo do norte da Itália, transformado recentemente seu cotidiano pelo turismo exacerbado, inundações e a recente onda devastadora da Covid-19 no país.
Inspirado em fatos reais, ‘When in Venice’ é o filme que encerra a trilogia do ponto de vista do feminino na sociedade contemporânea, sob a perspetiva do diretor Juan Zapata e sua equipe. O primeiro filme foi o premiado drama Simone (2013), também baseado em uma história verídica, que aborda o tema da liberdade sexual do protagonista, invertendo conceitos sociais sobre sexualidade e amor. Depois veio o longa-metragem Another Forever (2016) do mesmo gênero, que recebeu 6 prêmios nos Estados Unidos e na Colômbia. O filme abordou a questão da superação do luto e da depressão feminina. Finalmente, a comédia romântica “When in Venice” (2020) encerra a trilogia, investigando os desafios emocionais das mulheres que não estão mais em conformidade com os parâmetros sociais tradicionais. Este filme marca uma transição artística do ponto de vista do diretor, que decide se concentrar no conflito sexual e emocional dos homens diante das mudanças dos papéis femininos na sociedade de hoje.
Parceria inédita com a Canon e três produções internacionais
O diretor Juan Zapata conta que, um dos fatores para viabilizar a conclusão do filme e o lançamento em um ano atípico é a parceria com a gigante japonesa Canon.
“Como diretor e produtor é uma honra ser este o primeiro longa-metragem a contar com o apoio oficial da Canon. Sua tecnologia nos permitiu trabalhar com uma equipe reducida, numa situação bastante desafiante de produção num dos lugares com maior turismo mundial. Sem duvida é uma responsabilidade que nos compromete a que ainda nesta atual circunstancia que vivemos busquemos novos modelos de distribuição e que o filme chegue ao maior publico possível, pois foi feito para alegrar, divertir e refletir”. Confirma o diretor e roteirista Juan Zapata.
Outro fator importante é o modelo de negócio da produtora que, há pelo menos 13 anos, atua com financiamentos da iniciativa privada e não depende de nenhum tipo de edital governamental.
“O cinema que a Zapata faz, desde seu primeiro filme ate hoje, sempre tem visado a sustentabilidade, objetivando que comercialmente seja rentável fazer cinema de forma independente, são filmes fundamentados em parcerias, viabilizado com o esforço econômico pessoal incialmente e hoje em dia com grupos de investimento em Colômbia, Estados Unidos e principalmente Brasil, que fazem parte da empresa, e que em breve pretendemos expandir para apoiar outros projetos Latinos”. Comenta Douglas Limbach, produtor executivo da empresa.
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